domingo, 8 de janeiro de 2012

Água fria da modéstia excessiva.

Sexta, encontramos um grande amigo no supermercado, por total acaso. Uma amizade originada pelo blog, com ele e sua família, pessoas maravilhosas e muito queridas. Como ele estava só, a família estava viajando, demos uma carona para ele deixar as compras e o convidamos a ir em nossa casa, tomar umas cervejas e bater um papo. Ficamos umas 5 horas conversando, muitas discussões surgiram e muitas ficaram sem conclusão, esperarão por outra oportunidade:)
Chamou-me a atenção ao falarmos sobre a modéstia, que algumas pessoas são muito modestas, ou acham errado não ser, o que não é bom.
O excesso de modéstia pode nos levar a acreditar que realmente não somos capazes, ou não temos nenhum diferencial, a desacreditarmos na nossa capacidade, no nosso potencial, a esquecermos o que podemos fazer. Podendo levar a perda da fé em nós mesmos. Contudo não é necessário ser arrogante, a arrogância é desprezível!
É frequente eu me pegar com o pensamento "não consigo", "nunca conseguirei". E no fundo, bem no fundo, ao invés de encontrar uma chaminha pra iluminar minhas esperanças,  também não consigo saber mais quem eu sou. Fico deprimida pensando em oportunidades que perdi, em coisas que poderia ter feito, em cartas que poderia ter apostado, e isso só faz piorar minha auto credibilidade e me sentir menor, inferior, sufocada, subordinada numa vida que não é a minha, não é o que poderia ser, e crer que aquela mulher não está mais aqui. 
Quando as coisas por muito tempo não ocorrem como gostaríamos, o mundo gira e permanecemos no mesmo lugar, fica cada dia mais difícil mudarmos essa condição por causa da descrença, de um certo comodismo e medo. Se algo diferente acontece e muda nossa vida, se algo muito bom e que nos parecia improvável ocorre, aquela chama aparece e vira uma fogueira boa de sentir seu calor, que nos faz sentir vivos e digno da vida e das pessoas que nos rodeiam. 
Com esse amigo, a fogueira acendeu e iluminou seus olhos e nos contagiou com sua satisfação consigo mesmo.
Espero que eu seja incendiada um dia, e que meus sonhos não tenham sido sonhados em vão.

2 comentários:

  1. Olá, Apoema
    Tente sempre ter um pouco de lenha por perto para manter a chama acesa e não cair na escuridão. Força e paciência, sempre. Abração!

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  2. Eu sempre pensava assim. Sempre desacreditei do meu potencial, e permaneço em fazê-lo algumas vezes. É natural sentir-se inseguro.

    Mas uma coisa que aprendi é: primeiro eu quero me ver "perder" a luta, pra saber que não sou capaz. Se "perder", paciência, levanto e vamos para a próxima. Acabei por descobrir que consigo muito mais do que sou capaz de imaginar.

    Bom, retomando as peguntas sobre a moradia no Canadá. O isolamento acústico é fraco, é possível escutar os vizinhos de parede, de cima, e debaixo, muito embora não seja possível escutar muito da rua (depende da rua também).

    A lavanderia, em alguns prédios, é comunitária. Todos usam, por um valor de geralmente 1,50 doletas. O mesmo vale para a secadora de roupas. Não há como por um varal, pois as casas/apartamentos não possuem local de serviço, somente cozinha. Em alguns casos, é possível por um varal de chão na sacada, exceto claro em períodos de chuva e neve.

    De toda forma, a melhor coisa aqui é utilizar as secadoras. A roupa sai maleável, pronta para dobrar. E se você faz isso logo na hora que tira, você nem precisa passar. Parece mágica. rs..

    Abraços, e força que o momento está quase lá!

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