quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Que dureza!

Que coisa mais difícil colocar as vida nos trilhos novamente quando se conhece o Canadá, e há processo de imigração em andamento!
A vida ainda tá suspensa, mais do que o normal dentro do processo todo de visto. Acho que a gente não quer mais nada, quer é que os dias passem logo, os meses voem e o nosso "combo" chegue:) Ainda mais quando se liga a tv e aparece o noticiário...
Até pegar o metrô fica difícil, as pessoas não sabem falar, não sabem se portar, não têm educação, não tem respeito, não têm noção; isso piora na rua ou no trem. É triste! A origem disso é tão longínqua e parece perpétua, parece sem importância, porque, aqui, a ignorância é uma bênção. Benção pra se eleger sempre os mesmos canalhas, corruptos e imorais, pra se conformar com todos os problemas políticos e sociais, pra aceitar receber salário mínimo de fome, pra aceitar ser humilhado, pra pagar num carro o dobro (ou mais) do que custa no 1º mundo, pra conviver com os flanelinhas e os meninos no farol, pra levar horas pra chegar ao trabalho, pra ficar meses sem trabalho, pra dar mais importância para a aparência do que para a sabedoria ou inteligência, pra aceitar tudo assim.
Ontem, uma amiga esteve em casa e ela chegou há poucos meses da Inglaterra, morou em Londres 3 anos. Ela contou que lá costumava frequentar um mercado que o caixa era auto atendimento, que ela comprava muffin e precisava digitar o final do código de barras pra registrar o preço, relatou que tinha o muffin de chocolate e o com pedaços de chocolate, que pegava o com pedaços, que era mais caro, mas colocava o código do de chocolate na hora de pagar, pq esse era mais barato. Morri de vergonha e dei uma bronca nela. Brasileiro no exterior agindo como 3º mundo e ferrando com a nossa reputação. Espero ter noção e contribuir para a perpetuação na crença de que o outro agirá como eu gostaria que agissem comigo e efetive isso. Se estou imigrando é porque encontrarei pessoas que agem com respeito ao outro e se colocando no lugar do outro. Duvido que minha amiga gostaria de ser a dona daquele mercado em que comprava o muffin, e saber que consumidores agiam como ela. 
 Bem, é isso.

9 comentários:

  1. Ai esses detalhes são tão terríveis..a gente escuta cada esperteza..mas sabe que aqui tambem tem dessas,mas nao só brasileiros e outros imigrantes nao..ja soube de quebecoises que querem se dar bem,mas com certeza sao minoria. O importante é que vc tem consciencia e que vc nao vai fazer nem ensinar aos seus filhos. Pronto! Está feita sua parte .

    Bjs.

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  2. Menina isso é o fim! Eu quero morrer quando vejo alguém fazendo isso, seja no Brasil seja no exterior. Eu realmente admiro quando uma quadrilha rouba um banco central de forma inteligente como o caso do ceará. Deu até filme. Tudo mundo paga pau pela esperteza dos caras.( evidente que não sou condizente com isso, quem paga a conta é o povo; mas, que foram estrategicamente inteligentes foram. Só falta ele darem palestra sobre planejamento estratégico ( isto é uma piada minha gente, sou planejador; mas no Brasil, não é de se admirar se um ladrão começasse dando palestra de sucesso, as igrejas não estão cheias de ex- preso, ex-assassinos, ex-etc. pregando? ) Mas quando vejo alguém se fazendo de bobo, para conseguir tirar vantajes com coisas tão insignificantes, eu fico puto.O que é um maffin? Até meu filho de 3 anos sabe fazer!Mas, parece que está na veia esta famigerada "esperteza".
    Beijos a todos! Fale com a Sylwia para um cafézinho juntos!!!

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  3. Olá Apoema, muito bom saber que vcs estão torcendo por nós. A energia que vcs nos passaram aquele dia foi muito boa, adoramos.

    E realmente, qdo fizemos nossa viagem prospectiva também tivemos dificuldade de entrar nos eixos, sempre falávamos um pro outro "queremos voltaaaar" rsrsrsr. Mas agora estamos aqui, o tempo passa, acredite rs

    E sobre essa mania de ser espertalhão... Ao tentar explicar para uma pessoa que faz uma coisa dessas que suas atitudes não são... ahn.. sadias (pra tentar achar uma palavra com menor impacto), a pessoa vai enumerar inúmeras razões lógicas para ter feito. O grande problema é o "egocentrismo", pq a pessoa coloca os problemas e motivos dela como sendo muito mais importantes do que a do dono do estabelecimento. como se as necessidades dela fossem maiores do que a dos outros, então tudo bem "dar um jeitinho".

    Isso é algo que vemos muito por aqui, não tem isso de falar "mas é só um minutinho" e furar a fila... Sua necessidade é igual em grau de importância para a empresa como todos os outros clientes, então a fila terá q ser respeitada, mesmo q vc "só queira tirar uma dúvida"...

    Bem, cada um vai fazendo sua parte....esperando q os outros façam o mesmo....

    bjão

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  4. Olá!!

    Como eu concordo com tudo o que foi dito! Por aqui, respeito é sinônimo de segundas intenções ou interesse. Nunca há respeito por simples respeito ao próximo.

    Entre outras coisas que também me deixam maluco com essa realidade que temos. Claro que iremos encontrar coisas assim por lá, mas pelo menos posso ter a certeza de que o Canadá é considerado o melhor país do mundo não é à toa, e respeito eu terei.

    Neste momento, paciência e sabedoria. A hora vai chegar!

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  5. Por falar nisso, muito obrigado pela dica da loja de câmeras e sinto muitíssimo pela sua perda. Fico triste só de imaginar...

    Obrigado também pela torcida :)

    Sucesso para nós todos!

    Grande abraço.

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  6. Oi Apoema,

    Encontrei seu blog através do "Voilà Québec" do Leonel Luiz e não pude evitar de comentar no seu, afinal não é todo dia que se encontra uma futura imigrante que também é formada em História. Fiquei curiosa sobre as possibilidades de emprego no Québec que você está considerando, com essa formação.

    Sucesso para vocês! Tudo de bom!

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  7. Carla, então, acho que a gente tem que sentar e chorar:( Pq não poderemos exercer nossa formação lá. Porém, andei lendo e tb fui na apresentação das universidades quebecoises e existe um curso para se lecionar. Parece que a única que tem é a Universidade de Montréal, talvez com isso, tradução do nosso diploma e tal consigamos alguma coisa. Minha idéia é fazê-lo e depois partir para um pós. Na entrevista p/ o CSQ, M. Leblanc me disse que era quase impossível conseguir lecionar no Québec pq as exingências são muitas. Mas sempre há exceções:)
    Qual é seu blog??
    Abraço.

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  8. Apoema, eu e meu marido ainda não fizemos um blog. Creio que em breve começaremos um. Estamos arrumando nosso primeiro dossier para enviar para o escritório de São Paulo e dar abertura no processo. Apesar de ter me formado em História não pretendo lecionar, nem aqui e nem lá. Já meu marido até gostaria, mas como vc disse é um tanto difícil de se conseguir essa façanha por lá, quem sabe depois de umas pós?! Minhas pesquisas de emprego estão todas direcionadas aos museus e arquivos, que é uma área pela qual me interesso mais.
    Deixo para você meu e-mail: carlaserafin@gmail.com
    Assim que o blog for iniciado faço questão de avisá-la, colega de formação!!!
    Abraços =)

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  9. No Brasil as pessoas são criadas praticamente assim... sempre ter vantagem em cima de tudo, levar credito pelo que não fez etc ...
    (Nem vou comentar as questões sociais se não fico o dia todo escrevendo rs)

    Tudo de bom.

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