sábado, 1 de outubro de 2011

Conclusões da viagem

Demorei mais de uma semana para escrever esse post pq queria fazê-lo com calma, tentando ser concisa. 
É muito difícil ir para um lugar para conhecê-lo, já que se pretende habitá-lo, apaixonar-se, e ter que esperar meses até, finalmente, poder partir para lá, de modo, inicialmente, definitivo.
Quando começamos o processo de imigração eu não conhecia o Canadá e era (ainda sou) apaixonada pela França e, creio que por esse motivo acreditava que qquer coisa que conhecesse, sobretudo fora da Europa, estaria muito aquém dela. Também, por amar e sonhar com a França, o fato de aprender francês nunca me pareceu um peso, mesmo com as dificuldades intrínsecas em se aprender outro idioma, ainda mais depois de certa idade. Hoje, após passar por algumas cidades francófonas canadenses eu fiquei muito mais excitada com o fato de construirmos nossa vida no Québec.
O lado complicado é que em todas elas observei a necessidade não apenas de aprendermos o francês, mas tb o inglês. Exceto em Ville de Québec e Ottawa (anglófona), em todos as outras cidades que visitamos as pessoas pareciam dominar os 2 idiomas e eles serem necessários para se trabalhar em qquer coisa que seja de atendimento ao público ou em que se entre em contato com ele. Em Québec city, encontramos pessoas que não falavam inglês, em Gatineau, pela proximidade com Ontário, creio que dá pra se viver sem o francês, mas sem o inglês eu não sei.
Isso pra mim, que possuo um inglês catastrófico e um francês engatinhando, é preocupante.
Montréal é muito bonita, com muitos imigrantes, mendigos, metrô, agitada, parece mais cosmopolita do que as demais cidades que fomos. Já falei dela em post anterior, assim como de Ottawa e Gatineau. Quanto a esta última alugamos um carro para ir visitar os bairros que a Pati do Patitando indicou.
Ville de Québec foi a cidade que mais me encantou, com sua parte antiga, suas ruas de pedra, seu porto, seu Marché du Vieux Port, seus sabores, sua história. É uma cidade mais pacata, apesar de ser capital da província, com ruas largas, o maior shopping do leste do Canadá, sem metrô, com menos imigrantes, mais francesa e, muito provavelmente, com menos oportunidade de emprego. Fomos conhecer Sainte-Foy e redondezas, caminhamos pelos bairros e vimos parte da real e moderna cidade que não nos desapontou, exceto pelo episódio da câmera L.
Não posso e nem me sinto no direito de opinar sobre qual a melhor para se morar: Gatineau, Montréal ou Québec. Mas posso explicitar que o Canadá, até onde vi não me desapontou. Deve-se levar em conta que, bem ou mal, éramos turistas e fomos onde foi possível dentro do tempo, dinheiro e interesse que tínhamos, então, conhecemos muito pouco, o que não necessariamente condiz com a realidade daquelas cidades, menos ainda com a do país.
Posso também afirmar que fiquei aliviada porque tinha muitos medos e uma expectativa não muito grande com relação ao Québec, e o que encontrei foram surpresas variadas, desde experiências boas (a maioria) e nem tanto (mendigos, necessidade grande do inglês, pessoas que se apossam de algo que acharam), mas que, ao final foram bem mais positivas do que negativas.
O que vi e vivi revelou-se para mim como o local onde quero fincar minhas raízes e criar meus filhos. Não vejo a hora de voltar!

3 comentários:

  1. Cheguei primeiro!
    Nat e Wil, esta experiência me pareceu excelente para vocês!Que bom que gostaram do que viram! Episódios negativos são necessários na vida de todo mundo!Torna-nos mais humanos e faz com que reconheçamos a humanidade alheia.Agora, certamente, pisar no chão firme, mais confiante tanto da bondade quanto das fraquezas faz com que as decisões sejam pautadas com prudência. Acho que fui meio padre agora, não? :) voltem com muito alegria e amor, para, fortes, criarem raizes no Norte!
    Abraço forte,
    Fabio

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  2. Oi Apoema,agora é pesar os prós e contras das cidades,ver o que vcs tem a mais numa que em outra e tomar a decisão mais acertada.
    Nós estivemos para ir morar em Gatineau,mas acabamos fechando com Montreal após termos uma experiência de 10 meses em Laval. Tudo depende do que vc precisa encontrar numa cidade. A língua é importante em qq uma delas,não acho que por morar em Ville de Quebec vc possa não falar inglês. Pense sinceramente,não estaria pronta pra mudar de emprego indo pra um melhor pq nao dominaria o inglês? O melhor é vc aprender as 2 linguas e poder usar aquela de sua preferencia ou necessidade. Mas saber as 2 aquí, é um ''a mais''no seu CV e na sua vida pessoal. :) Bjsss

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  3. cadê vocês?
    Sumiram! Está tudo bem?

    Abraço,
    Fabio

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