Doses Homeopáticas de esperança

Andei lendo no meio blogal, que a tendência do Consulado é a de que somente após todo o pessoal de novembro enviar os exames e tal, é que chamarão a próxima leva, ou seja, a de dezembro...Se isso se realizará, só Deus sabe. 

Vejo essa convocação como uma gotinha de um anti flamatório coronário :) Ou seja, antes que as pessoas comecem a infartar por ai, de tanta ansiedade, nervoso e raiva do Consulado, a gente vai lá e dá alguma coisinha pra ver se posterga o falecimento.

Frequentemente, fico muito preocupada e envergonhada com a ideia de que essa porcaria de visto não vai sair (quem manda eu não ser enfermeira!!!), e que nem saberei como olhar pra cara das pessoas por estarmos por aqui, ainda. E não venham com a tentativa de consolar com a frase : "ninguém tem nada com isso e se vcs não forem, paciência". Não é assim, não, é muito mais duro e difícil lidar com isso do que pensa supõe a vã filosofia:)

Com as notícias de que tendem a priorizar, independentemente do lugar que se ocupa na fila, as pessoas que detém formação e experiência nas áreas que necessitam lá, como fica quem fez a seleção pelo Québec, e que, muitas vezes, teve um plus na pontuação por causa da formação, mas que, nem sempre é a mesma que o país pleiteia? Como o pessoal de TI, por exemplo.

E se, realmente, a gente ficar esperando infinitamente? E se o ano terminar e nada de pedidos de exames? O que faremos? 

Não temos mais 20 anos, temos mais de 35!! E o tempo urge!Será que o Canadá não passará de um rastro no nosso caminho, um desvio que não levou a lugar nenhum? Uma perda de tempo, um sofrimento gratuito, a vida parada por nada? Dinheiro empenhado, sonhos, esperança, a vida em detrimento de uma possibilidade que parecia real e possível. Dói pensar nisso, mas nada me leva a pensar diferente!

Cadê o meu pedido de exames?

Se fosse um empregador, um negócio no qual investíssemos com promessas escritas de retorno, uma propaganda enganosa, no Brasil, de algo brasileiro, pelo menos poderíamos pleitear algo judicialmente, mas não é, e  o que podemos pedir, qual as garantias que temos? Até onde as palavras de lá são diferentes das daqui?

Quem não está se sentindo com l'air de bozo?