Sou uma pessoa que nunca perdeu uma chave, guarda chuva ou blusa, como se é corriqueiro com qquer um.
Sempre falo e tento lembrar de que não se pode exigir a perfeição, nem num país desenvolvido pq pessoas ignorantes, de má índole, malandras e mal educadas existem em qualquer lugar.
Hoje o dia começou maravilhoso em Québec, com um céu super azul, e fomos no mercado do porto velho tomarmos nosso café da manhã de turistas. Depois, seguimos até a rodoviária, que é bem perto, para comprarmos bilhetes para o ônibus urbanos afim de vermos os bairro onde se mora de verdade nessa cidade linda.
Ocorre que meu marido foi cuidar disso e eu fiquei sentada esperando num dos bancos da estação, que é um local agradável, junto à lindíssima estação de trem. Como estava muito vento de manhã e frio, eu saí encapuzada, só que dentro da estação esquentei e tirei a blusa. Meu marido foi a um dos cafés comprar os tickets, eu levantei e fiquei na entrada do café esperando. Cumprimentamos a moça da Cia de ônibus com a qual falamos no dia que chegamos na cidade e saímos. Logo, dei falta da minha câmera fotográfica, que comprei na semana passada e era meu objeto de desejo da viagem.
Retornamos imediatamente, retirei minhas coisas da mochila para verificarmos melhor, nos direcionamos até a atendente no guichê, com a qual tínhamos acabado de falar, e expus a situação. Ela disse que ninguém havia devolvido nada e orientou-nos a irmos verificar na administração.
Passamos pelos bancos, a rodoviária estava com poucas pessoas, observamos para ver se achávamos e nada!Fomo até a administração e uma moça muito simpática nos atendeu pegou os dados da câmera, telefone do hotel e nosso e-mail e disse que qquer novidade entraria em contato. Lamentou e disse que ali era um local público assim, era contar com o bom senso das pessoas.
Ainda passamos por umas moças sentadas e perguntamos se haviam visto e nada tb. Saí de lá arrasada e me sentido uma droga por ter esquecido da máquina que mal saía da minha mão.
Depois de irmos em Sainte-Foy e observarmos alguns imóveis e a região, pegamos o ônibus de volta, descemos perto da rodoviária e desejava ver se havia novidade, pois estava inconformada de alguém ter pego a câmera e não ter devolvido, de ter aquele pensamento "achado não é roubado", um mané deixou aqui vou aproveitar, sou esperto.
A administração já estava fechada, mas fui ao guichê e me informaram que lá não apareceu nada, fiquei pior ainda. Pq tinha me apego à "esperança é a última que morre".Meu marido falou que é um lugar público, onde passam mendigos e diversas pessoas de diversos lugares, e eu disse que a rodoviária estava tranquila, não vi nenhum mendigo enquanto estivemos lá e nem um evidente estrangeiro, que as pessoas que estavam lá, no momento e que pude observar, eram as pessoas que trabalham no local e nos comércios lá dentro, alguns passageiros esperando para embarcar e que pareciam nativos (canadenses).
Custo a acreditar que isso ocorreu, e que alguém, aqui, se aproveitou da situação; custo a acreditar mais ainda que possa ser um canadense.
Ville de Québec é inacreditável em beleza, é a cidade que mais gostei e mais me agradou. Sua parte velha parece um pedaço da França intricado na América do Norte, é extraordinário!
Mas hoje, a perda de minha máquina marcou muito meu coração e fiquei bem chateada. A minha esperança (olha ela aqui de novo!) é de que seja um caso em milhares.
Amanhã é outro dia.
Eu trouxe minha câmera velhinha que poderá registrar o dia que nos resta na cidade.
Au revoir.